“24 Horas de Samba” da Mocidade Alegre entra para o calendário oficial de eventos de São Paulo”
Um dos encontros mais tradicionais do samba paulistano agora faz parte oficialmente da agenda cultural da capital. As “24 Horas de Samba”, promovidas pela Mocidade Alegre desde 1972, foram incluídas no Calendário Oficial de Eventos da Cidade de São Paulo por meio da Lei 18.294, sancionada em 10 de setembro de 2025.
A festa, que nasceu como uma celebração do aniversário da agremiação, liderada por Solange Cruz, se consolidou como um dos eventos mais aguardados pelos sambistas e pelo público que acompanha o Carnaval. Além de reunir diferentes gerações, o encontro é marcado por atividades que vão da participação da Velha Guarda às atrações dedicadas às crianças, reforçando a identidade comunitária da chamada “Morada do Samba”.
A edição de 2025 acontece no próximo fim de semana, com início às 21h de sábado (27) e encerramento na noite de domingo (28), na Arena Morada do Samba, localizada na Rua Miguel Casagrande, 173, Jardim das Graças.
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A programação inclui momentos já tradicionais, como a entrega do troféu “Sambista Imortal”, além de uma série de apresentações de escolas de São Paulo e do Rio de Janeiro. Entre os destaques confirmados estão os elencos de Sociedade Rosas de Ouro, Gaviões da Fiel, Nenê de Vila Matilde, Barroca Zona Sul, Tom Maior e Acadêmicos do Tatuapé, além das participações especiais das cariocas Portela e Mangueira.Com a oficialização, o evento reforça seu status como uma das maiores celebrações do samba no país, atraindo milhares de pessoas e reafirmando a força da Mocidade Alegre no cenário cultural brasileiro.
Carnaval 2026
Enredo “Malunga Léa – Rapsódia de uma Deusa Negra”, uma homenagem à trajetória marcante da atriz Léa Garcia. Assinado pelo carnavalesco Caio Araújo e pelo enredista Leonardo Antan
A Mocidade Alegre apresenta uma rapsódia negra no carnaval de 2026. No protagonismo, a trajetória artística de uma das maiores atrizes do país: Léa Garcia.
Em seus mais de 90 anos vividos, Léa foi uma das pioneiras no teatro e no cinema brasileiros. Estreou no palco do Teatro Experimental do Negro, foi celebrada com a Palma de Ouro em Cannes e premiada no Festival de Cinema de Gramado. Tornou-se a vilã mais vista do mundo na novela “Escrava Isaura”.
Aqui, na Mocidade Alegre, o negro sempre esteve em protagonismo. Por isso, lembramos o carnaval de 1982, que já celebrava os nossos companheiros de jornada como “Malungos”. E, assim, cumprimos a missão de trazer à cena mais uma vez uma figura feminina negra de relevância internacional.
Saudamos Léa como nossa malunga, companheira de luta. Esse enredo é um tributo àquelas que ousaram existir além dos papéis que lhes foram dados. Lembramos o nome e o rosto de quem forjou a história do nosso país.
Nessa rapsódia épica, saudamos nosso farol a nos guiar para um futuro ancestral. Arroboboi! A Morada é palco! E o espetáculo vai começar.
MALUNGA LÉA – RAPSÓDIA DE UMA DEUSA NEGRA
Enredo de Caio Araujo e Leonardo Antan.
Logo: Rodrigo Cardoso