A colorado comemorou seu aniversário de 46 anos sexta-feira (22) através de live no Teatro Arthur Azevedo na Mooca, com muita alegria e show eletrizante de Luciana Mello.
O diretor Jairo Roizen e o casal de mestre sala e porta bandeira Ruhanan e Ana Paula conduziram o espetáculo apresentando parte do elenco da escola.
A abertura das comemorações foi com a cantora Luciana Mello que esbanjou simpatia e encantou a todos com seu carisma, Luciana cantou várias músicas de seu repertório e muito samba levantando o público que aplaudiu de pé a cantora.
Luciana Melo, recebeu o convite direto do Presidente Ka para participar do enredo 2022 Carolina- a Cinderela negra do Canindé.
O Carnavalesco André Machado deu alguns detalhes sobre o Enredo e o que pretende levar para a avenida no Carnaval 2020.
A Rainha de Bateria Maísa Magalhães e a Princesa Yasmim Lagatta estiveram a frente da Bateria Ritmo Responsa comandada por Mestre Allan Meira.
O Time de canto comandado por Chitão Martins ditou o ritmo do evento entoando vários sambas da agremiação e encerrou o evento com o samba enredo do carnaval 2022.(O samba-enredo de 2022 é de autoria de Thiago Sukata, Turko, Rafa do Cavaco, Claudio Mattos, Maradona, Valêncio, Luan e Thiago Meiners)
A Colorado cumpriu com todos os protocolos de segurança, foi obrigatório a apresentação de comprovante físico ou digital da vacina anti-covid junto a um documento com foto para maiores de 12 anos, inclusive o uso de máscara foi obrigatório
Carnaval 2022
Enredo: “Carolina – A Cinderela Negra do Canindé”
Trecho da sinopse:
Chegou o carnaval! De Colorado me enfeitei para a grande noite. Escolhi o vestido mais bonito, Rodado e Colorido, Bordado de estrelas e estórias. Nos pés, sapatos de cristal, refletindo minhas andanças; na cabeça, além do adorno tradicional, há borboletas de memórias, que fiz questão de colocar no papel. Eu sou Carolina Maria de Jesus – Nua e crua, escritora de nascença, Negra e poetiza da vida. Calei-me para o sofrimento, gritei mais alto que pude para o destino que eu escolhi. Eu sou a filha de Dona Cota, Do “Quilombo do Patrimônio”, Menina Bitita, Da pequena cidade de Sacramento; sonhadora e curiosa, chamada por muito de “perguntadeira”, que mesmo vivendo sem eira e nem beira, desde pequena, já lia de um tudo E fugindo da realidade do mundo, Ao ler “A Escrava Isaura”, Pela Literatura me encantei.
Já carpi roçado na aurora, Enxada nas mãos calejadas, de sol a sol, o ano inteiro. E, descontente com a lida, poema escrevi, “O colono e o fazendeiro.” Fui jovem avoada, não parava em serviço. Em meio aos reboliços, muito vexame passei – Valha-me São Cipriano! Caluniada, “Carolina do diabo”, até cadeia peguei. Mas nunca emudeci, forte fiquei E as feridas que em minhas pernas ardiam não foram capazes de cessar o meu caminhar, pois meu sonho era maior que a dor – Ainda tinha o mundo para conquistar foi então que, em mim, a vontade de partir Abriu-se feito o nascimento de uma libélula E, encorajada pela ação do tempo, Tomada pela forte intuição do vento, Me deixei levar. Então, em São Paulo, Na Estação da Luz cheguei. A visão pueril que eu fazia desta cidade Logo foi apagada pela dura realidade que aqui enfrentei.
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