Imperador do Ipiranga anuncia mudança em seu primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira para o Carnaval 2026
A Imperador do Ipiranga anunciou uma alteração importante em seu elenco para o Carnaval 2026. A agremiação da Vila Carioca comunicou que a porta-bandeira Lais Andrade, apresentada em maio como parceira de dança de Matheus Nogueira, não seguirá à frente do pavilhão principal.
O posto será ocupado por Dani Motta, que retorna à função de porta-bandeira oficial após um período afastada. A novidade foi divulgada nas redes sociais da escola, que encerrou o último Carnaval na sétima colocação do Grupo de Acesso 2.
“Ela está de volta ao pavilhão oficial após defender o mesmo e já possuir uma identificação gigantesca com este manto sagrado”, destacou o comunicado da diretoria.
Com vasta experiência e forte ligação com a comunidade da Vila Carioca, Dani Motta reassume o cargo com o desafio de manter o padrão de excelência no bailado que caracteriza o casal principal da Imperador. A mudança marca o início de um novo ciclo artístico, enquanto a escola se prepara para mais uma participação no grupo de acesso, com foco na consolidação e crescimento de seu projeto para o próximo desfile.
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Carnaval 2026
Enredo encanto dos Ibejis, Doum, Cosme e Damião, com seus doces, cores, risos e mistérios, com desenvovimento do carnavalesco estreante, Romulo Souza.

A S.E.S. Imperador do Ipiranga, escola de samba forjada no chão sagrado da tradição e da luta, ergue seu pavilhão em honra à ancestralidade, à fé e à resistência cultural do povo brasileiro. Ao escolher os Ibejis como tema central do seu enredo, a Imperador não homenageia apenas santos católicos ou encantados da Umbanda — ela celebra um elo espiritual que une África e Brasil, terreiro e altar, infância e sabedoria, doçura e força ancestral.
A história dessa entidade, entrelaçada com a tradição iorubá, associado a presença de Cosme, Damião e Doum no catolicismo, é símbolo vivo do sincretismo religioso, estratégia de sobrevivência espiritual e afirmação de identidade de um povo que resistiu com fé à opressão e à escravidão. Através das figuras infantis, aparentemente ingênuas, esconde-se uma força divina que cura, equilibra e protege. Representar os Ibejis e os santos gêmeos é representar também o direito à liberdade de culto, à expressão cultural afro-brasileira e à preservação da infância como semente do futuro.
Para a Imperador do Ipiranga, uma escola de samba comprometida com a memória, a verdade e a ancestralidade, este enredo é mais que uma homenagem — é um ato de reverência aos fundamentos da Umbanda e das religiões de matriz africana, e também um chamado à tolerância e ao respeito entre diferentes formas de fé.
Ao levar para a avenida o encanto dos Ibejis, Doum, Cosme e Damião, com seus doces, suas cores, seus risos e seus mistérios, a Imperador reencanta o olhar do público e reafirma seu papel como voz de um povo que canta e samba para não esquecer de onde veio — e para onde vai.
Porque no Ipiranga também ecoa o grito de liberdade espiritual, e ele vem em tom de criança, com cheiro de pipoca, cor de bala e luz de orixá.




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