Imperador do Ipiranga – Confira as fotos do 1º ensaio técnico geral do domingo(22).

Imperador do Ipiranga realizou seu primeiro ensaio técnico geral no ultimo domingo(22), no sambódromo do Anhembi.
Clique no link abaixo para ver todas as fotos do ensaio:
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Carnaval 2023:

Gratidão, Fé e Amor! Vem, Sou Imperador” é o enredo da Imperador do Ipiranga para o Carnaval 2023

 

Confira a sinopse:

Meus senhores e senhoras, sou Imperador e estou aqui para agradecer! Na felicidade desta noite de carnaval quero mostrar o que é gratidão e como esse sentimento é bonito!
Todo romeiro que segue para pagar uma promessa merece respeito, pois só o Sagrado sabe o que passamos para conquistar o impossível.
Sou brasileiro e minha fé é sincretizada. Fé não se explica, se sente! Não se julga, se contempla. Assim como a fé do Pagador de Promessas Zé do Burro, que deu a própria vida em gratidão a Iansã/Santa Bárbara.
E assim sigo com os romeiros em procissão, pagando suas promessas e carregando os ex-votos: velas gigantes, representações de membros e órgãos curados, casas, embarcações, todas as conquistas, que são depositadas nos santuários.
A devoção popular mostra os noivos e noivas que celebram o casamento, graça concedida por Santo Antônio, e a gratidão de pais e mães em preces de Ação de Graças, ao ver seus filhos conquistando o diploma de bacharel.
Por fim, quero agradecer aos Sete Dons do Espírito Santo, pois sem eles não tenho força para alcançar meus sonhos: Ciência, Entendimento, Sabedoria, Conselho, Fortaleza, Piedade e Temor de Deus.
Dos povos vindo da África e seus descendentes no Brasil, aprendi a agradecer ao pai Obaluayê por ter me escolhido para estar vivo nesse dia, por garantir a minha saúde, a minha memória, o meu juízo, o som que emana dos nossos tambores e das nossas vozes.
É a festa do olubajé… Atotô, ajuberu!,  Ele é um grande orixá, Ele é o chefe da Calunga, Ele é o Atotô…
O que um erê faz, ninguém desfaz! Erês são a forma que os orixás encontram para falar conosco, são os próprios orixás. Presentear um erê é agradecer a todos os caminhos que foram abertos, é perdoar todas as mágoas que nos envenenam, e reconquistar a pureza de sentimentos de uma criança! Salve Cosme e Damião, Salve os Ibejis…
Eu quero doce,Eu quero bala,Eu quero mel,Pra passar na sua cara…
E todos os mares são dela! A linda mãe dos peixes, a que leva o mal para o fundo, a que traz o aconchego! Trago a ti flores brancas e alfazema, mãe Yemanjá!
Saia do Mar,Linda Sereia,Saia do mar, Venha brincar na areia.
Ah, como é lindo ver esse povo brasileiro, em sua mestiçagem, mostrando o jeito caboclo de agradecer! O maior evento católico do mundo faz parar toda a cidade de Belém do Pará: é o Círio de Nazaré! Como é lindo ver Nossa Senhora, a mãe, a padroeira da Amazônia, a Nazica, toda ornada de flores em sua berlinda. Quanta gratidão é passada por mãos humildes naquela corda!
Ó Virgem Mãe amorosa,Fonte de amor e de fé,Dai-nos a bênção bondosa,Senhora de Nazaré
E adentrando o maior rio do mundo, o caudaloso Amazonas, eu vi os pescadores ribeirinhos em sua linda profissão de barcos, agradecendo a São Pedro pela fartura dos peixes, o pão que dos rios é garantido para alimentar os curumins e as cunhantãs do povo das águas…
Ainda nas margens do Rio Amazonas, ouvi contar que uma das formas de agradecer a São João Batista pelas conquistas é montar um boi-bumbá. Todo boi-bumbá é o pagamento de uma promessa, que deve ser renovada a cada ano, com o boi dançado em volta das fogueiras, sob um céu enfeitado de balões…
E os caboclos contam lendas que aprenderam com seus ancestrais indígenas, como a da bela índia Naiá, apaixonada pelo rosto de Jaci, a Lua. Um dia, ao ver a lua refletida nas águas, pulou para alcançá-la, desaparecendo. Em gratidão, Jaci encantou Naiá e a transformou na Vitória-Régia, a reluzente flor que encanta a superfície das águas!
É hora de celebrar a colheita na grande Mundurukania, a pátria indígena, e todas as tribos são chamadas para deixar suas lanças, arcos e flexas e dançarem em honra e gratidão à Mãe Terra, ofertando-lhe a seiva do sereno que se une ao suor e sacia a sede e o cio da Terra!
E a dança das tribos culmina com o grande Ritual do Toré, comandado pelo Grande Xamã, pajé feiticeiro que deixa todas as tribos presentes em estado de êxtase! Sim, a gratidão é um prazer! E, como sou Imperador, vejo nesse ritual à gratidão à minha Velha Guarda, respeitáveis pajés e pajeranas, conselheiros que assistem, encantados, a esse cortejo ritual de gratidões que eles mesmos nos ensinaram a fazer! Está concluída a minha Ação de Graças… Amém, Axé, Anauê!