A Mocidade Unida da Mooca realizou na ultima quarta-feira (25.01.), ensaio técnico geral no sambódromo do Anhembi, que antecede o desfile oficial do Carnaval 2023. A Mocidade Unida da Mooca será a 8ª escola a entrar na avenida na noite de domingo dia 19/02 pelo Grupo de Acesso I.
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Enredo 2023:
“Sou mais um filho da noite, sangue preto do Brasil. Sem chibata e sem açoite, recusei-me a ser servil. O mais bravo dos soldados, entre fuzis e canhões, a voz dos injustiçados ante as submissões.
Pela voz dos excluídos, liberdade há de raiar! Se a cidade nos sufoca, rabiscamos sua imagem onde é negra a história e é branca a paisagem: Itamares, Carolinas, Adhemares e Geraldos hão de ver brilhar Eunice e queimar mais “Borba Gatos”!
Não esqueçam o passado, minha chama não se apaga eis meu nome e meu legado: Francisco José das Chagas.”
O SANTO NEGRO DA LIBERDADE
MUM – CARNAVAL 2023
Pesquisa, texto e desenvolvimento: Caio Araújo, Wallacy Vinícios e Willian Tadeu
Ideia original: Guilherme Cruz e Thiago SP
Logotipo: Pablo Mendonça – @pablu_o
Apoio: UNAMCA – UNIÃO AMIGOS DA CAPELA DOS AFLITOS. @aflitos.unamca
Carnavalescos: Caio Araújo, Wallacy Vinícios e Willian Tadeu.
Confira a sinopse:
O SANTO NEGRO DA LIBERDADE
I
Sou mais um filho da noite, sangue preto do Brasil, sem chibata e sem açoite, recusei-me a ser servil, oO mais bravo dos soldados, entre fuzis e canhões
A voz dos injustiçados ante as submissões, Santo nome, santa praia, brasileiros em batalha, contra o jugo e a tirania, resistência nunca falha
Há mais de duzentos anos, o meu grito ecoou, este chão não é escravo, este chão não tem senhor
II
No velho Bairro da Pólvora, ia e vinha muita gente, parada dos viajantes, suplício dos penitentes
Diante da opressão, viu-se a corda arrebentada, Liberdade! Por três vezes, como Cristo, foi negada
Do grito daquele povo, o meu sonho se espraiou, Pro lugar, um nome novo, liberdade já raiou?
Mesmo por aquelas bandas sendo Pedro coroado, aprender a liberdade nunca nos foi ensinado
III
Minha gente da Capela, agradeço a devoção, pela reza mais sincera, pois a fé não tem prisão
Sobre o negro cemitério, a metrópole se ergueu, entre histórias e mistérios, o meu nome, se esqueceu
Eu envergo, mas não tombo, santo negro foi quem disse, para um novo quilombo ser bordado por Eunice
Entre festa, canto, dança e a reza dos fiéis, os retalhos se encontram na Rua do Lavapés.
IV
Para o povo que se une nesta negra procissão, eu derramo minha benção e deixo minha lição:
Resistência, se levante, que é hora de lutar!
Pela voz dos excluídos, liberdade há de raiar!
Se a cidade nos sufoca, rabiscamos sua imagem ,onde é negra a história e é branca a paisagem
Itamares, Carolinas, Adhemares e Geraldos, hão de ver brilhar Eunice e queimar o Borba Gato!
V
Não esqueça o passado, minha chama não se apaga, eis meu nome e meu legado: Francisco José das Chagas
Pela sua liberdade, eu paguei com minha vida, com os devotos da Capela, vou cantar a despedida:
“Estou enterrado na Rua da Glória,
Lembre de mim se passar por ali
Sou fato oculto da sua história
Mas veja, ainda estou aqui!”
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