Unidos do Peruche fez seu primeiro ensaio técnico geral no sambódromo do Anhembi no ultimo sábado(14). A escola levou componentes que vestiram as cores da escola, cantaram, encantaram e se divertiram na avenida.
Em destaque algumas imagens e para ver mais, clique no link abaixo:
https://www.facebook.com/media/set/?set=a.5199876013447634&type=3
Carnaval de 2023, enredo “A ESSÊNCIA QUE ME SEDUZ”
SINOPSE “A ESSÊNCIA QUE ME SEDUZ”
Desde a antiguidade, a fragrância de plantas era instrumento de adoração, de cuidados médicos, de higiene ou ritual de beleza, utilizado inclusive como instrumento de sedução. O perfume é uma substância criada para proporcionar um cheiro agradável, ele é tão antigo quanto o homem, e sua múltipla utilização quase sempre acompanharam o desenvolvimento das civilizações.
No Egito foi fruto de sedução e poder.
Na Grécia aperfeiçoaram a perfumaria e era o aroma de seus banquetes e sedução nas danças.
No livro sagrado foi presente à divindade da salvação.
Das rotas comerciais expandiram para o mundo e popularizou na Europa. Sendo assim, as cortes europeias iniciaram hábitos de se perfumarem como parte de seus luxos diários, chegando ao Brasil através da corte de D.João VI.
Perfumar-se é uma sabedoria instintiva.
É bom perfumar-se em segredo.
Como eu adoro as essências dos perfumes,
o ar à minha volta de cheiros distantes.
Me transportando aos mais distantes lugares
que estavam aparentemente adormecidos.
Desde a antiguidade, a fragrância de plantas é instrumento de adoração, de cuidados médicos, de higiene ou ritual de beleza, mas também é considerado um tratamento para a mente e o corpo, sendo utilizado inclusive como instrumento de sedução.
Os perfumes são apreciados ao redor do mundo, mas apesar de toda a modernidade que eles carregam, sua história remota ao Império Egípcio, antes de Cristo. Perfume (do latim “per fumus”, que significa “através da fumaça”) é uma substância criada para proporcionar um cheiro agradável.
Sua origem começa no Egito, um povo politeísta que realizava diversos rituais religiosos para se conectar com suas divindades. Eles começaram a usar a perfumaria porque acreditavam que através do cheiro produzido pela fumaça, as suas orações chegariam mais rápido aos deuses. Durante os rituais, eles tinham o costume de queimar madeiras, especiarias e ervas, o que deu origem a uma espécie de incenso.
Entre outros magníficos fenômenos e através do santo livro de Deus relata sobre o incenso em forma de perfume da época, os três personagens que visitaram o menino Jesus quando ele nasceu. Onde um deles ofereceu incenso, simbolizando a divindade usada em rituais de adoração.
Após anos o perfume expandiu através das cruzadas a outros territórios onde aperfeiçoou com novas técnicas na Grécia (Diferente dos egípcios, que praticamente inventaram a perfumaria e o formato de perfumação, os gregos criaram fórmulas. Eles foram responsáveis por diversificar o uso de perfumes), assim após o perfume no Egito passou a ser usado para deuses, defuntos (Faraós) e, com a necessidade de aromatizar o corpo humano e objetos por maior tempo, só se incorporaram aos costumes de Faraós (vivos) e alguns membros da corte (privilegiados) após um longo tempo depois.
A perfumaria é uma arte alquímica, que dá total liberdade imaginação, exercendo uma enorme fascinação dos homens. Foram eles (egípcios) a descobrir que o suor continha substâncias afrodisíacas para o ser humano (principalmente de pessoas saudáveis e fortes) e o extraíram de homens especificamente selecionados para este trabalho. Depois de coletado, o suor era armazenado em potes e depois misturado a diferentes fragrâncias. Curioso mas eficaz, como o tempo mostrou.
Cleópatra era uma grande apreciadora da perfumaria. Ela utilizava esses cheiros para perfumar o corpo e o ambiente quando estava a espera dos seus amantes. Ela eterniza a arte da perfumaria, seduzindo tanto no amor quanto no poder Marco Antônio e Júlio César, usando um perfume a base de óleos extraídos das flores. Assim, as fragrâncias também eram associadas à sedução.
Na Grécia com suas técnicas extraindo óleos essenciais de flores e plantas, criavam pomadas, pastas e unguentos, o que facilitava o armazenamento e transporte dos perfumes. Ainda assim, os gregos gostavam muito de perfume, tanto que acrescentavam até mesmo pétalas de rosas em suas receitas mais sofisticadas, se tornando muito popular. As mulheres também faziam muito uso desse recurso.
Nesta época Imperadores em seus banquetes mandavam esborrifar uma fragrância sobre seus convidados deixando o ar com mais sedução através de suas dançarinas da dança do ventre com seus movimentos ondulatórios e batidos de quadril, as mulheres reverenciavam a fertilidade, celebrando a vida. As mesmas também dançavam em rituais, cultos religiosos, em reverência a deusas.
Foi justamente por causa das conquistas e das rotas comerciais que o Império Romano deu a sua grande contribuição para a perfumaria. Expandindo ao redor do
mundo, povos com os quais os romanos trocavam informações sobre perfumaria.
Nessa época os árabes tinham alcançado um grande progresso na perfumaria e com o tempo, se tornaram verdadeiros especialistas na criação de produtos perfumados. Inventando técnica para fazer os primeiros perfumes líquidos, deixando as flores macerar em vasos de bronze cheios de óleo que renovam constantemente. As fragrâncias foram preenchidas em frascos de cerâmica, chumbo ou ouro, decorados com mitos imaginários.
Os italianos, espanhóis e franceses encarregaram-se de divulgá-lo ao restante Europa, o que veio mesmo a calhar, sendo que, nos séculos XVI e XVII os perfumes fortes substituíram, literalmente, a higiene pessoal. Naquela época, estar “limpo” não era tomar banho e lavar o cabelo, mas sim perfumar todo o corpo e cabelos, com pomadas, óleos e águas aromáticas. Todas as mulheres queriam ter o perfume, que, como artigo de luxo, possuía aroma agradável e frascos maravilhosos. Na França apesar da fama que possuem, os franceses só passaram a exercitar a arte de tornar as pessoas mais cheirosas a partir do século 16, época em que imperavam as celebrações. Pois havia a preocupação com a moda, os penteados, a maquiagem e, é claro, o perfume. Aliás, a corte de Luís XV (Rei da França) foi batizada como “corte perfumada”, já que ali todos tinham o hábito de utilizar esse produto.
Os perfumes chegam no Brasil através da coroa portuguesa, durante o reinado de Dom João VI, no século XIX. O hábito de se perfumar veio da Europa, onde todas as cortes europeias utilizavam afeitos aos banhos diários. Os primeiros perfumes que aqui chegaram eram luxos destinados à nobreza e assim permaneceram até o desenvolvimento da indústria nacional.
O primeiro uso popular de artigos fragrantes no Brasil ocorreu por meio dos limõesde-cheiro no século XIX. Esses faziam parte de uma brincadeira de carnaval, festa que na época era chamada de entrudo. Eles eram utilizados por toda a população na brincadeira, jogando uns aos outros, esferas (tipo bexigas) cheias de águas de limões-de-cheiro. Desde então na Europa através da chamada Comédia Erudita o trio amoroso mais conhecido e amados vieram representar a arte do carnaval, Pierrô, Colombina e Arlequim, ilustrando a magia do perfume e expressando o mais belo dos sentimentos humanos: o amor.
Até meados do século XX a maior parte da população brasileira não tinha acesso a se valer do uso de perfumes. É na década de 1940 que a perfumaria começa a se instalar no país. Mas ainda era um luxo para poucos, pois as matérias-primas eram todas importadas. O segmento de mercado começa a se tornar importante com a chegada de marcas internacionais. A vida social intensa e elegante das grandes cidades estimulava o consumo de perfumes.
Nesta época começam a surgir nos bailes de carnaval com o uso do lança-perfume aromatizando os foliões. Como o tempo se tornou uma droga que produzia efeitos estimulantes nos usuários, sendo proibido na década de 1960.
Caracterizado pelo maior acesso aos perfumes, a população brasileira torna o seu consumo um hábito presente no dia a dia. A partir daí, cientistas pesquisam plantas da Amazônia que fornecem óleos essenciais para a produção de perfumes. Assim a Amazônia inicia em conjunto com produtores de perfume, simbolizando flagrâncias com energias da natureza, harmonizando e traduzindo as forças que vem das florestas.
Quando o assunto do perfume entra na espiritualidade, na alta Idade Média, a igreja determinou que essa prática era vinculada a rituais religiosos pagãos considerados obra do diabo. Nas religiões de origem africana e cultuadas também no Brasil, o perfume da planta Alfazema (originária da Ásia e hoje muito cultivada aqui no Brasil) é uma das flores mais interessantes da natureza, amplamente usada para a confecção de fragrâncias com aromas dos mais agradáveis, acredita-se que essa planta consiga restabelecer o equilíbrio energético do corpo, além de purificar e seu perfume ascende a sedução. Na Umbanda, é conhecida como planta de Oxum (orixá do amor, da beleza, da fertilidade, do dinheiro e da felicidade, que representa a sabedoria e o poder feminino).
Apesar do “abrasileiramento” do uso do perfume, ele continua a manter aspectos da cultura europeia, principalmente nos aspectos de estabelecer e provocar a distinção. Ele é muito mais do que um prazer dos sentidos, é também uma mensagem, algo do próprio ser humano, projetando no exterior seu “EU” profundo, seus gostos, suas aspirações secretas. Outro mérito da perfumaria foi reforçar a associação entre o uso do perfume e o jogo de sedução.
O perfume se torna sedutor que atrai homens e até as próprias mulheres. A beleza da fragrância é que ela fala ao seu coração. Todos tem sempre seu estilo de vida e não se engane, pois todos não são iguais. Toda mulher é linda e todo homem tem sua beleza, não importa a cor, a idade, nem a raça ou até o estilo. Tudo pode ser esquecido mas o cheiro do perfume permanece como se estivesse impregnado na alma.
Deixar um comentário